sábado, 17 de dezembro de 2016

O conhecimento que temos de Deus, se não é perfeito, é contudo um conhecimento verdadeiro.


O conhecimento que temos de Deus, se não é perfeito, é contudo um conhecimento verdadeiro.

Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim, não há Deus.” (Isaias 44:6)


DEUS não é alguém que não se possa conhecer. Porque o conhecimento que temos de Deus, se não é perfeito, contudo é verdadeiro. O conhecimento pleno de Deus não é possível pelo fato de sermos seres finitos e com inteligência finita, e Deus ser infinitamente infinito em tudo. O que de Deus conhecemos, está revelado por sua palavra (bíblia), pela criação e por seu filho Jesus Cristo.
 Deus é Espírito, eterno e Imutável. Ao pensarmos em qualquer coisa que tenha origem, não estamos pensando em Deus. A palavra origem só se aplica as coisas criadas.  Deus é auto-existente, enquanto as coisas criadas necessariamente se originam em algum lugar e em algum tempo. Além de Deus, não há nada auto-causado. O que quer que Deus seja, e tudo que é Deus, Ele o é em si mesmo (João 5:26). Toda vida ou forma de existência vem de Deus. Nenhuma criatura tem vida em si, toda vida é dom de Deus. De modo inverso, a vida de Deus não vem de outrem. Se houvesse outro do qual Deus pudesse receber a vida, esse outro é que seria Deus. Sendo ele um ser supremo, segue-se que não pode ser elevado. Não há nada acima dele, nada além dele. De ser em ser, devemos chegar, afinal, a um Ser que tenha em si mesmo a razão de sua existência, quer dizer, a um Ser necessário, que exista por si, e pelo qual todos os outros existam. Dizer que Deus é infinito é dizer que não existe meio de medi-lo. As medidas indicam limitações, imperfeições, e não poderão ser aplicadas a Deus. Não existem graduações referente a Deus. Tudo que ele é, ele o é sem graduação ou soma, ou desenvolvimento. Nada em Deus é menos ou mais, grande ou pequeno. Deus é infinito; quer dizer, sem limites no seu Ser, uma vez que é o Ser por si, o Ser que existe por sua própria essência... "Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor..." (Os. 6.3).


Em parte alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem. As Escrituras em parte alguma propõem uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declaram o fato de Deus e chamam o homem a aventurar-se na fé. "O que se chega a Deus, creia que há Deus", é o ponto inicial na relação entre o homem e Deus.

A Bíblia, em verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não há Deus, mas esses são "tolos", isto é, os ímpios praticantes que expulsariam a Deus dos seus pensamentos porque já o expulsaram das suas vidas (Salmos14:1/ 10:4/ 53:1). Esses pertencem ao grande número de ateus praticantes, isto é, esses que procedem e falam como se não existisse Deus. Seu número ultrapassa em muito o número de ateus teóricos, isto é, esses que pretendem aderir à crença intelectual que nega a existência de Deus.


A bíblia, portanto não se destina ao ateu, que nega a existencia de Deus, nem ao agnóstico declarado, que nega a possibilidade de saber se existe Deus ou não. Também não tem valor para o incrédulo que rejeita a revelação de Deus e, por isso mesmo, o Deus da revelação.

Se as Escrituras não oferecem nenhuma demonstração racional da existência de Deus, por que vamos nós fazer essa tentativa? Pelas seguintes razões:
Primeiramente, para convencer os que genuinamente buscam a Deus, isto é, pessoas cuja fé tem sido ofuscada por alguma dificuldade, e que dizem: "Eu quero crer em Deus; mostra-me que seja razoável crer nele." Mas evidência nenhuma convencerá a pessoa, que, por desejar continuar no pecado e no egoísmo, diz: "Desafio-te a provar que Deus existe." Afinal, a fé é questão moral e não intelectual. Se a pessoa não está disposta a aceitar, ela porá de lado todas e quaisquer evidências. (Luc. 6:31.)

Deus é o infinito e perfeito espírito no qual todas as coisas têm origem, preservação e finalidade.” “Deus é espírito, infinito-eterno-imutável em Seu: ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade, e verdade.”


Segundo alguns filósofos e teólogos Deus não pode ser conhecido porque é Absoluto, e o Absoluto não pode ter relação para com nenhuma outra coisa, sendo, portanto, incognoscível (que não  pode ser conhecido).
O conhecimento supõe relação, e o Absoluto não tem relação. Ora, o Absoluto não é aquilo que não tem relação para com nenhuma outra coisa, mas aquilo que não tem relação necessária, ou seja, Deus é auto-existente e auto-suficiente.
Alguns também dizem que Deus não pode ser conhecido porque é o Infinito, logo, o Infinito é o Ilimitado, e o Ilimitado é o incognoscível. O conhecimento do Infinito faria distinção ou separação entre conhecedor e conhecido e, sendo assim, o conhecido não poderia ser infinito. Tal postura chama-se agnosticismo.
Na verdade não podemos conhecer a Deus na sua totalidade. O homem não pode conhecer a Deus na sua abrangência. Contudo, dentro daquilo que Ele se deu a conhecer, podemos ter algum conhecimento a seu respeito. Seria impossível qualquer conhecimento dele sem que ele se revele. Se Deus não se revelasse, por causa de sua natureza infinita e majestosa jamais poderíamos ter qualquer conhecimento dele de forma correta e verdadeira. Todavia, apesar de sua limitação, tal conhecimento é real e verdadeiro.


Deus pode ser conhecido? E, se a resposta for positiva, “como pode ser Deus conhecido”?
Ou seja, “como a mente procede a formar sua idéia de Deus” e “Como sabemos que Deus realmente é o que cremos ser ele?”


A clara doutrina da bíblia é que Deus pode ser conhecido. Nosso Senhor ensina que a vida eterna consiste no conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem ele enviou (João 17:3). Paulo escreveu que até mesmo os pagãos conheceram a Deus, mas não quiseram reter esse conhecimento (Romanos 1:19,20,21,28).

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