sábado, 17 de dezembro de 2016

A crença na existência de Deus é intuitiva


É uma primeira verdade vindo logicamente antes da crença na Bíblia. Uma crença é intuitiva se for universal e necessária... Tanto a Escritura como a história provam que a crença em Deus é universal. Paulo afirma que “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles (ímpios) porque Deus lhes manifestou… por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus nem lhe deram graças… (Romanos 1.19-21)”.
A Bíblia ainda declara que a lei de Deus está escrita no coração do homem (Romanos 2.14-16). O senso de justiça, moralidade, bondade e amor que existe em nós é uma revelação de que Deus é Justo, santo, bom e amor, porém num grau muito mais elevado.
Todo homem sabe que, tem de afastar-se do mal e buscar o bem. Isso é um senso comum no homem em todos os tempos, desde que o homem é homem.

Que existe na mente humana, e na verdade por disposição natural, certo senso da divindade, consideramos como além de qualquer dúvida. Ninguém é ignorante, Deus mesmo infundiu em todos certa noção de sua divina realidade, da qual, renovando constantemente a lembrança, de quando em quando instila novas gotas, de sorte que, como todos à uma reconhecem que Deus existe e é seu Criador, são por seu próprio testemunho condenados, já que não só não lhe rendem o culto devido, mas ainda não consagram a vida a sua vontade.


A CONSCIÊNCIA HUMANA ATESTA A EXISTÊNCIA DE DEUS


Entre os povos mais avançados até os mais primitivos e degradados da terra podemos encontrar neles consciência, isto é, a faculdade de aprovar ou condenar ações numa base moral. Diz Paulo: "Os gentios, que não tem lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles embora não tendo lei, para si mesmos são lei. Pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os." Romanos 2:14,15. Naturalmente a consciência das pessoas que se encontram longe de Deus, acha-se contaminada, obliterada, cauterizada (I Timóteo 4:2; Tito 1:15), sendo-lhe necessário ser purificada pelo sangue de Cristo (hebreus 9:14; 10:2-10,22). Por mais insensibilizadas que sejam suas consciências, porém, todos os homens possuem um senso comum do direito e do errado, não apenas causa de ensinos morais que tenham recebido, mas porque, como declarou Immanuel Kante, grande filósofo alemão, "há dentro de nosso interior a lei moral". "Há entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos… Conquanto da lei escrita de Deus, ouviram sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria." A existência de uma lei implica a existência de um legislador. Foi Deus quem idealizou uma norma de conduta para o homem e a escreveu na mente humana.


Afirmação da questão
Entretanto, é importante entender distintamente o que se pretende quando se diz que Deus pode ser conhecido.
            Não significa que podemos saber tudo a respeito a Deus. Existe no homem, em sua própria natureza, uma capacidade intelectual, a qual toma conhecimento imediato do infinito. O homem conhece a Deus só até onde Deus se deixa conhecer ao homem; tal conhecimento é a autoconsciência de Deus.  No entanto, não podemos conhecer tudo a respeito de Deus. Para um conhecimento pleno de Deus o homem tinha que ser um Deus, sendo isso impossível. Porém, todo conhecimento que Deus revelou de si ao homem é um conhecimento verdadeiro, mesmo sendo ele parcial, todavia é o suficiente para suas criaturas possam servi-lo e ama-lo com perfeição.

Quando se diz que Deus pode ser conhecido, não se pretende dizer que ele possa ser compreendido por completo. Compreender é ter um completo conhecimento de um objeto. É entender sua natureza e suas relações. Não podemos entender o Onipotente com perfeição.


Nosso conhecimento de Deus é parcial
Há infinitamente mais em Deus do que podemos saber; e o que conhecemos, conhecemos parcialmente. Sabemos que ele sente, que ama, que tem piedade, é misericordioso, gracioso; justo, santo; que odeia o pecado, todo poderoso, que tudo sabe, que tudo vê.

Nosso conhecimento concernente a Deus encontra um paralelo na ignorância do conhecimento de nós mesmos. Nosso conhecimento de nós mesmo é tão parcial e imperfeito, que nenhum especialista da ciência do corpo e da mente humana asseveraria um conhecimento pleno do homem.


Enquanto, pois, admite-se não só que o Deus infinito é compreensível, e que nosso conhecimento dele é parcial e imperfeito; que há muito em Deus de que não conhecemos absolutamente nada; no entanto nosso conhecimento, até onde pode ir, é conhecimento genuíno. Deus realmente é o que cremos ser, até onde nossa idéia dele é determinada pela revelação que ele fez de si próprio em suas obras (a natureza), na constituição de nossa natureza, em sua palavra e na pessoa de seu Filho Jesus Cristo. Ele não é o Deus desconhecido só porque é infinito (João 1:18)

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